Las Cabaças

Duas palhaças em pesquisa prática sobre os palhaços do norte e nordeste brasileiros.

Nome:
Local: Belém, Pará, Brazil

terça-feira, maio 23, 2006


23.05.06 -
Tauá - (CE)

Conversei com aquele pessoal de Brasília, eles têm uma veraneio e desde 2002 estão viajando pelo nordeste fazendo palhaçadas, fazem perna de pau e bonecos também. Aprenderam com o Pirombeta (Palhaço de Brasília que faleceu há 15 dias). Nós o conhecemos no último festival de Brasília, temos registro do seu trabalho.

Disseram que o Xuxu os ajudou muito na Paraíba.

Fomos para a lona ver o espaço, luz e som.

Os técnicos estavam jogando uma partida de “Four Bate” com o baralho.

Começamos a ensaiar e eles pararam a partida pra assistir. Se divertiam e davam palpites preciosos.

Bifi perguntou ao mais encapetado deles (Marcos) o quê ela deveria fazer quando ficasse sozinha em cena, depois que Quinan a abandonava. Ele disse:

_ Você tem que se jogar em cima das pessoas na platéia para procurar ela. O povo gosta disso.

Depois que saímos do palco, eles fizeram a gag do Soldado, com a mesa e cadeira para experimentar.

Se divertiam tanto que dava gosto!

Nossa apresentação foi a última da noite e havia, umas 1500 pessoas ali. Tivemos problemas com os microfones (somente um funcionou) e com a musica do final (que não entrou).

Saímos dali com muitos questionamentos. No circo é preciso uma energia triplicada e ações pontuais. Não há muito espaço para esse raciocínio poético. Tudo tem de ser bem claro e definido. Terminamos exaustas e pingando de suor. Alguns artistas vieram conversar com a gente, deram conselhos, opiniões, críticas construtivas. Falaram sobre a palavra, as figuras, o tempo, o improviso. Boas conversas.

Jantamos com a Alice Viveiro de Castro e Nena. Vieram lançar o livro Elogio da Bobagem. São duas figuras inspiradoras, gentes boníssimas. Conversamos um pouco sobre o palhaço e o circo.

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