Las Cabaças

Duas palhaças em pesquisa prática sobre os palhaços do norte e nordeste brasileiros.

Nome:
Local: Belém, Pará, Brazil

terça-feira, outubro 10, 2006

Dia 10/10/06 – Abaré (PA)
Paramos em Taquara, comunidade indígena. No café da manhã todos no barco contavam muitas estórias sobre essa comunidade, que eles não gostavam do PSA, que eram muito brabos... Tivemos que pedir permissão para ir de palhaças e fomos, com hora marcada. Diferente do que disseram, foram bem receptivos. Chegamos aos poucos, tateando. Corpo vivo, gestos fortes. Passamos na escola, na igreja, ambas fechadas. Dois senhores nos convidaram para sentar e conversar. Um era Antônio que quis saber de onde viemos e qual era nossa estória. Foi uma bela pergunta para nosoutras. Ficamos ali por algum tempo numa conversa absurda e poética. Ele ia entendendo aos poucos nossa alma itinerante, nossa estória e nossas palhaçadas. As crianças em volta acompanhavam tudo sem piscar. Até que surgiu a bola, nosso elemento guia, que cria vida, nos leva e traz, cria dúvida do caminho a seguir, conversa com movimentos e encanta as crianças. Terminamos com um pelotão de crianças bradando: Branca, Branca,Branca, Leon, Leon, Leon.
Partimos às 12:30hs e chegamos em Pini às 13:30hs. Pini tem 26 famílias e uma marta fechada. Só descemos no fim do dia por causa do calor. Conhecemos Adriane, uma menininha de 3 anos, cabelo lisinho, pele morena, uma indiazinha, espiruleta, sapeca. E, como a voadeira só veio nos buscar de noite, ela achou que íamos dormir com ela, que quis saber se sabíamos fazer café, biju, pipoca... ia perguntando.
_ Como você dorme?
Bifi mostrou e ela colocava a cabecinha em seu colo, dormindo também. Linda, linda! Na hora de irmos embora, ela abraçou forte.

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home