Las Cabaças

Duas palhaças em pesquisa prática sobre os palhaços do norte e nordeste brasileiros.

Nome:
Local: Belém, Pará, Brazil

domingo, agosto 27, 2006

Dia 27 /08/06 - Belém (PA)
Fomos até a praça da República, hoje é domingo e tem uma feira de artesanato. Queremos fazer uma roda de rua e lá é um lugar propício. Avistamos uma roda, muita gente, chegamos perto. Quem estava se apresentando era o Índio Chiquinha. Eu já o havia visto em Porto Alegre há uns 3 anos atrás. Ele usa uma calça e um curto colete feitos de retalho, uma botina, uma chiquinha na cabeça, e na orelha uma pequena boneca de plástico como brinco.
A apresentação: ele utiliza uma caixa de som e microfone, coloca Raul Seixas e músicas country para tocar, dança e dubla. Com um par de castanholas, ora galopa, ora mexe os quadris, dá pausas de suspense como quem vai realizar um grande feito e nada faz. Um sujeito que sobrevive da rua passando o seu chapéu.O povo gosta e paga. A praça era concorrida: saia um e entrava outro.
Voltamos ao apartamento e nos vestimos. Sapatos, cabaças, maquiagem. A coisa mais bonita foi ver o pai da Marina vendo ela vestida de palhaço, ele riu igual criança quando viu os seus enormes sapatos. O pai que se diverte com a graça da filha. Eles são belos.
Las Cabaças vão a praça. Resolvemos experimentar uma entrada curta. Tinha bastante gente e fomos aplaudidas, era o momento de passar o chapéu, ou melhor a cabaça, mas me intimidei com essa tarefa, resisti, perdi o tempo. Mesmo assim passei a cabaça, ninguém colocou nada, até que Quinan diz:
_ Bifi,é que sua cabacinha é muito pequena, a minha é melhor. É uma cabaçona.
E se pôs a passar sua cabaça, bem maior que a de Bifi. Muitas pessoas foram colocando dinheiro. Voltamos suadas e com as cabaças fazendo tlimtlim.

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