Las Cabaças

Duas palhaças em pesquisa prática sobre os palhaços do norte e nordeste brasileiros.

Nome:
Local: Belém, Pará, Brazil

quarta-feira, outubro 11, 2006

Dia 11/10/06 – Abaré (PA)
Acordei quase chegando em Tauari. A mata ficou tão bonita, com margens estreitas e o vermelhão lançando o dia. O Abaré vai chegando, buzinando, e daqui avistamos as pessoas vindo ver, se juntando, crianças no colo, muitos já esperam o tão falado barco-hospital. Os comunitários participaram da escolha pelo nome do barco que significa: amigo, cuidador. Atracamos na praia e descemos pra conhecer a comunidade e caminhar um pouco. Conversamos daqui, dali, telefonei do orelhão que funcionava bem. Fizemos uma intervenção na sala de espera. Havia uma mulher muito participativa e outra bem braba que começou a bater no marido porque ele estava rindo.
De tarde Rafael (médico) foi visitar uma paciente tetraplégica em Nazaré – 1 hora de caminhada mata adentro. Juliana foi de palhaça para uma experimentação individual e eu fui filmando. A intervenção começou timidamente, as pessoas olhando de longe, achando que ela era louca. Aos poucos foi crescendo, era de tarde, a aula na escola acabou e todos saíram para ver aquele corpo estranho, louco, de ponta cabeça na comunidade. A intervenção foi espetacular. Tudo registrado, imagens belíssimas, principalmente da hora em que ela foi visitar Marilda, a menina tetraplégica e todas as crianças foram junto. Inesquecível. Donde se tira a conclusão da potência do palhaço que entra, sem avisar, num lugar como esse.

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