Las Cabaças

Duas palhaças em pesquisa prática sobre os palhaços do norte e nordeste brasileiros.

Nome:
Local: Belém, Pará, Brazil

quinta-feira, julho 06, 2006

06.07.06 - Frechal (MA)

Acordamos cedo, Lais foi embora.

Fomos até Damásio (outra comunidade Quilombola) de carona com Daniel (da Expedição VagaLume), Serrinha (da Secretaria de Educação) e Henrique (o motorista).

Conhecemos D.Firmina que desandou a contar histórias.

Contou de um parente, José Meloso, que estava ruim, doente no hospital e pediu à sua mãe que colocasse duas colheres de farinha em sua boca para que morresse em paz.

Ela deu. E foi a derradeirinha vez, pois ele já foi amolecendo junto com a papa na boca.

Conheci duas mulheres: uma desmanchava o cabelo da outra. Aqui este é um hábito comum: as mulheres sentam-se fora da casa para se pentear. Uma arruma a outra, fazendo penteados belíssimos, trançados de forma tão criativa que minha imaginação não alcança. Fazem e desfazem os cabelos com freqüência. Deixam sem penteado por uns dias para aliviar o couro cabeludo.

Perguntei sobre suas filhas que ali brincavam. Aí começou a malícia, começaram a falar de homens, que a outra tinha casado na “igreja verde”. Fiquei sem entender. Depois ela explicou:

_ Igreja verde é o meio do mato mesmo. A gente chama também de motel de calango.

Rimos.

Elas eram extremamente bonitas: o sorriso, o brilho da pele, os cabelos, a alegria.

Hoje o entardecer foi especialmente bonito, de um azul anil-alaranjado... e a nossa estrada passava por diversos Quilombos da região.

Quilombo é lugar que emociona.

Voltamos para Frechal.

Jonas e Jorge são duas pessoas boníssimas. Eles quiseram experimentar ser dupla de palhaço.

Ensinamos a gag clássica que o Léris Colombaione nos ensinou (que aliás, é infalível!) e eles fizeram.

Ficamos rindo até entrar a madrugada.


Criança em Damásio

Jonas e Jorge

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