Las Cabaças

Duas palhaças em pesquisa prática sobre os palhaços do norte e nordeste brasileiros.

Nome:
Local: Belém, Pará, Brazil

sábado, julho 15, 2006

Dia 15/07/06 – S.Luis (MA)

A caminho da casa do Mestre Felipe (mestre de Tambor de Crioula), conhecemos a Sede de Toninho, dono de um Boi de Baixada. Conhecemos Conceição, sua esposa. Pegamos seu filho que nos mostrou o caminho para a casa de Felipe.
Mestre Felipe tem 82 anos e é casado com dona Raimunda, carinhosamente chamada de Mundica. Ele sente muitas dores no corpo e já não toca mais o tambor. Só puxa de vez em quando uma ou outra toada. Tem muito amor pelo tambor, sua vida, sua fé. Na conversa fiada ele soltou umas frases inesquecíveis:
_ Uma hora dessas o tambor já estava apanhando.
_Quiabo nem espera o arroz. Já escorrega para dentro.
_ Vocês iam ver a briga dos tambores: paracatu, paracatu, paracatu... piririm, piririm.
Terminamos a tarde numa roda de Capoeira Angola. Vi Assuélio jogar. Um rapaz interrompeu a roda bruscamente para a revolta de todos só porque tinham que seguir a programação do evento (Encontro de Capoeiristas). Nem deu as despedidas, nem cantou o Adeus, adeus, boa viagem. Assuélio, no meio do clima tenso diz:
_ Muito bem, agora eu quero saber qual é a flor preferida de cada um de vocês.
Ele é meu herói!


Zé Filho e Zé Domingos jogando capoeira angola

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Ju e Ma,
Adorei achar esse diário. Amo vocês muitão!!
Té outro dia.
Bj, Zé

5:22 PM  

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