Dia 16/09/06 – Santarém (PA)
Acordamos 4 da manhã, tomamos café com cará e pão caseiro feito pela professora. Partimos com o dia nascendo. A esposa de Célio deu uma despedida tão carinhosa: ela parecia criança, abraçando, desculpando-se pela simplicidade da casa, estava com olhos ingênuos. Quase não falava. Só ria e abraçava.
Ah, esse momento é tão esquisito. Dar o adeus sem saber se voltaremos. Existem dois momentos que considero muito importante: a chegada e a despedida.
No rio Arapiuns a travessia estava lisa, mas ao encontrar o Tapajós o caldo engrossou. As ondas e vento faziam a lancha saltar. Quase viramos duas vezes.
Em momentos assim em que a natureza é mais forte, sinto plena confiança em tudo. Despedimo-nos de nossos companheiros de viagem em Alter do Chão. Ficamos na praia tomando sol e esperando a bagagem secar, pois tudo se molhou na travessia. Almoçamos arroz, farinha e pirarucu e fomos de ônibus para Santarém. Voltamos bobas da vida, reconstituindo a viagem, rindo das felicidades de ontem. Passamos na casa de Vini e Rafael para pegar nossas malas e cachorra e fomos para a casa de Magnólio. Lavamos roupas, acessamos internet e supermercado. Dormimos mortas de cansaço, suando de calor.
Minha memória é feita de retalhos.
- juliana balsalobre -
Acordamos 4 da manhã, tomamos café com cará e pão caseiro feito pela professora. Partimos com o dia nascendo. A esposa de Célio deu uma despedida tão carinhosa: ela parecia criança, abraçando, desculpando-se pela simplicidade da casa, estava com olhos ingênuos. Quase não falava. Só ria e abraçava.
Ah, esse momento é tão esquisito. Dar o adeus sem saber se voltaremos. Existem dois momentos que considero muito importante: a chegada e a despedida.
No rio Arapiuns a travessia estava lisa, mas ao encontrar o Tapajós o caldo engrossou. As ondas e vento faziam a lancha saltar. Quase viramos duas vezes.
Em momentos assim em que a natureza é mais forte, sinto plena confiança em tudo. Despedimo-nos de nossos companheiros de viagem em Alter do Chão. Ficamos na praia tomando sol e esperando a bagagem secar, pois tudo se molhou na travessia. Almoçamos arroz, farinha e pirarucu e fomos de ônibus para Santarém. Voltamos bobas da vida, reconstituindo a viagem, rindo das felicidades de ontem. Passamos na casa de Vini e Rafael para pegar nossas malas e cachorra e fomos para a casa de Magnólio. Lavamos roupas, acessamos internet e supermercado. Dormimos mortas de cansaço, suando de calor.
Minha memória é feita de retalhos.
- juliana balsalobre -
1 Comentários:
retalhos coloridos e de vários tipos de tecido. os ignorantes vão reclamar da falta de coerência entre as texturas, mas outros vão simplesmente sentir no tato as imagens além das cores e o cheiro de ferro de gomar entre as pelotinhas de experiência de lavagens e varal do tecido (que pode nem mesmo ter virado uma colcha)
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